O
Cineclube Lanterna Mágica e o Sistema Integrado de Bibliotecas (SIbi),
da Unisanta, realizam o Sarau Entre Livros “Boteco da Fidelidade”, em
homenagem ao “poetinha”, como gostava de ser chamado, Vinicius de
Moraes, que completa este ano o seu centenário. O sarau acontecerá dia
23 de abril, às 20h30, na Biblioteca da Saúde (bloco E, 5º andar,
Unisanta). A noite contará com um repertório musical especial, com os
maiores sucessos do poeta, interpretados pelo grupo “Multiversos”,
haverá também declamações de poesias e degustação de sabores, traduzindo
os significados de suas melodias.
Sobre Vinicius
Vinicius
de Moraes foi um famoso diplomata, cronista, poeta, músico, dramaturgo e
escritor brasileiro, conhecido mundialmente. Mas algo que muitos não
sabiam é que, além de tudo isso, ele era um cinéfilo de carteirinha. A
partir da década de 40, Vinicius assumiu o cargo de crítico,
posteriormente roteirista, ator e produtor.
Em
1941, ele começou a trabalhar como crítico de cinema no jornal “A
Manhã”, onde demonstrava em suas críticas, um diferencial ao
escrevê-las, quando abrangia sobre um filme, escrevendo-os de forma
poética, relatando em cada parágrafo o que havia de fato achado daquela
produção (algo que naquele tempo não era comum de se escrever em
jornais). Já no final da década de 50, Vinicius participou do filme
“Orfeu Negro”, do diretor francês Marcel Camus. Na mesma época, compôs a
trilha dos filmes “A Felicidade”, “Sol sobre a lama”, e “O Nosso Amor”
(este recebeu o Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar de melhor
filme estrangeiro).
Em
seu texto “O bom e o mau fã”, ele abrange os principais obstáculos pelo
qual enfrentamos quando vamos ao cinema, desde o local onde sentamos,
até aos estranhos que estão ao nosso lado, compartilhando
escandalosamente os seus problemas e pensamentos pessoais. Devido ao seu
enorme conhecimento e participação no assunto, em 1966 foi escolhido
para ser um dos júris do festival de Cannes. Logo no ano seguinte,
prestigiou o lançamento do filme “Garota de Ipanema”, pelo qual foi
baseado em sua mais famosa canção. Em alguns versos de suas canções como
“Garota de Ipanema” e “Estrada branca”, acontecem algumas referências
ao cinema, como locações, enquadramentos, posições dos personagens ou da
câmera nos momentos descritos.